só agora percebo
que o ser é mesmo só.
que, no frigir dos ovos,
sou eu comigo mesma,
e mais ninguém.
que não importa a expectativa
o olhar do outro
o desejo de ser
o que o outro deseja de mim.
tenho de me encarar
só, de cara,
com minha cara.
eu e minha cara vida.
e só, percebo,
como estou sozinha.
20/02/2008
07/02/2008
depois
todos aquelas coisas que deixo para depois.
como: dormir (o que faço nesse exato momento)
escovar os dentes logo que chego do almoço
certas ligações
certas cartas
certas mensagens
certos convites
planos
viagens
falas
trabalhos
livros
conversas
falas
poemas por escrever.
como: dormir (o que faço nesse exato momento)
escovar os dentes logo que chego do almoço
certas ligações
certas cartas
certas mensagens
certos convites
planos
viagens
falas
trabalhos
livros
conversas
falas
poemas por escrever.
forte
são aqueles dias
quando parece que uma mão
vem, se enfia pela garganta,
agarra o coração e o arranca
de uma só puxada.
forte, certeira
e você sente cada artéria ligada a ele descolar-se
arrebentando todos os seus vasos pulsantes.
e a sua garganta fecha. você engole seco.
tudo no peito fica mexido. as entranhas latejantes.
isso, você poderia pensar, é um dia mais triste do que os outros.
quando parece que uma mão
vem, se enfia pela garganta,
agarra o coração e o arranca
de uma só puxada.
forte, certeira
e você sente cada artéria ligada a ele descolar-se
arrebentando todos os seus vasos pulsantes.
e a sua garganta fecha. você engole seco.
tudo no peito fica mexido. as entranhas latejantes.
isso, você poderia pensar, é um dia mais triste do que os outros.
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