29/03/2005

necessidade

A necessidade iminente de um abraço é tamanha, por vezes, que faz doer o estômago.

Estamos pequeninos, caramujos: úmidos e mofados dentro da solidão. Aquela terrível casca que nos oprime e reprime.

Uma sensação gelada. Tremor dolorido. É preciso um colo. E braços ao nosso redor.

Se a mão vem e nos acaricia os cabelos, cerramos os olhos num torpor de felicidade que só o contato humano permite.

alegria de existir?

Existe assim.
Passa pequenina pela vida,
de poucos passos,
poucas palavras.
Passa de mansinho e
com o olhar ligeiro
arruma cúmplices para si.
Risos e um piscar,
por um colo acolhedor.

Do livro do Desassossego

Pessoa:

"O coração, se pudesse pensar, pararia."

"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."

27/03/2005

night and day

o almoço se inicia às 13 horas. São 18:17. Muitos ainda estão por aqui. Não é apenas a comida que reúne. E sim a casa que acolhe, que chama, que compartilha. Bocas sedentas chegam e se saciam rapidamente. Acalmados os nervos, vem o estado de dormência. E o álcool embala as conversas desencontradaa. Todos precisam falar de si mesmos, e encontram pequenas (ou maiores) brechas nessas ocasiões em que se tem um grande público, que não costuma incomodar-se em ouvir. De repente, já é noite.

ueba!! fotosssss

finalmente, temos imagens!!!!

almoço

mais uma vez estou com os pés gelados.

e a melancolia de Chet Baker me acompanha nessa tarde cinza e triste de domingo de páscoa. Gostaria de estar mais feliz hoje, mas não estou.

Se ao menos eu soubesse como fazer para não ficar tão dividida. Creio que seja esta a parte mais árdua.

Em muitos momentos, fico com o saco muito cheio.

14/03/2005

na cidade, mais uma vez

agora, vou tentar de novo...

de volta à cinzenta e calorenta São Paulo. Depois de um tempo distante, senti tanta falta de tudo isso aqui. Mas agora que voltei, estou como o cego no tiroteio. A vida chegou, é preciso encará-la. (?) Mas como se encara a vida? Aos quase 22 anos de idade... Ainda é muito recente. Muito recente a vida.

Acabei o ano passado esborrachada no final da ladeira abaixo. Foram tantas coisas de uma vez só. Eu não quero isso de novo. Não agora. Mas fica aquela maldita culpa cristã, as responsabilidades! Vamos rapidamente ganhar um monte de dinheiro para ficarmos com a vida bem tranquila daqui para frente... Mas eu só queria estudar, agora, e não me sentir mal por isso.

vou tentar pela terceira vez

bosta de computador, essa vai ser minha terceira tentativa de escrever.