09/12/2004

jornalista?

E agora? O que virá depois?

Acabou a faculdade de jornalismo. Devemos nos sentir jornalistas? Eu ainda não consigo perceber isso...

A maior alegria dos últimos tempos foi o livro. Não imaginava que seria tão bom. "Deste lado" foi algo incrível, que nos sensibilizou.

A vida não pode deixar de ter poesia, de ter ficcção, de ter literatura. Morremos por dentro sem essas coisas essenciais. É muito vazio viver para apenas ganhar dinheiro, não importando o que se tenha que fazer para chegar lá. deixa as pessoas tão vazias....

Enfim! Estou feliz, e hoje é a colação de grau!

Inté

07/09/2004

círculo dos ressentimentos

passa a dor sozinha.
dói aguda,
contida e ferina.
uma gota de sangue,
num pingo de afeto
colore a angústia.
Faz a melancolia ficar bela.

20/08/2004

quero mais não

moscas voam rasteiras
pela cidade suja
estamos cansados
de tanta coisa ao mesmo tempo.
Não quero mais São Paulo,
quero mais não

11/08/2004

TCC

Pela minha sanidade... Por que diabos foram inventar esse tipo de coisa?

Um tormento constante nessa vida já tensa

Enfim!

Uau! enfim uma primeira manifestação... anônima!

fiquei lisongeada em saber que alguém passa por aqui de vez em quando. eu mesma estive ausente por um longo tempo... mas gostaria muito de escrever com maior freqüência.

depois desta sexta respirarei mais aliviada!

e talvez terei alguma inspiração...

15/06/2004

Orkut

meu Deus!!

é um vício!!

Quem poderá nos salvar da Internet?

14/06/2004

ânimo

O ânimo, tantas vezes,
fica lá bem quieto,
Nos fundilhos da alma.
Até a cutucada,
ligeira e abrupta
tirar seu sossego.
Santa rasteira!

Rosas

Rosas vermelhas
Violetas azuis
Se despreza
Se deduz
O cheiro, a cor
Falsos
Pano com plástico
gotas de silicone

21/05/2004

Olhares caídos

Os olhos perscrutam o seu redor.
Pousam suas sombras
Naquilo que é encanto.
Obra encantada,
Toda inacabada.
Não devo dize-la,
Não posso tê-la.
Apenas um eterno contemplar
Do inatingível:
Todo o meu desejo.

(escrito em 15/04/03)

é tarde e passa de meia noite

para constar, que de quando em vez, lembro-me desta página e venho visitá-la, para que não fique esquecida...

09/05/2004

dedos gelados

é frio e quase inverno,
no quase possível dessa cidade.
tempo para chás e cobertas,
curar carências de afeto.
Nada fazer sobre o sofá.
esquentar os pés,
quando os dedos estiverem gelados.

flores

dias passam como pérolas roladas entre campos de lírios, entre gérberas plantadas em vasos de barro e grama molhada.
escorrem as gotas d'água nas folhas verdes do girassol caído. Seco, sem sol. Ele olha para baixo sempre. Coitado. Chateado.
O coito foi interrompido. O chato incomoda para cacete (sic)
Os chatos enchem o saco nosso de cada dia, na casa nossa, na dor nossa, no horror nosso de cada dia................. e uso reticências sem fim, até que elas possam machucar. aí, vou parar.
bronca, não quero esporros. são terríveirs pesadelos.
Datilografar sem olhar para os dedos no teclado. está ficando melhor, sabia? é bem interessante .

06/05/2004

a vida secreta dos homens. A vida escondida das pessoas. aquilo que se faz e não se conta para ninguém. secreto, oculto nos fundilhos da alma.

Vergonha, vergonha. por que este sentimento?

long time, no seeing

tantos dias sem passear por aqui. o tempo cada vez mais curto acaba empatando a criação. ainda que ela não seja grande coisa, mas temos que contiuar tentando. Enfim...

21/04/2004

sexo faz perder calorias

até a TV faz perder calorias. e neurônios também, claro. a internet então! e a mãe acaba de acabar comigo. declarou: você é gorda mesmo assim!!!

tiradentes odiaria o trânsito de SP

é quarta, feriado. Há trânsito na cidade, mesmo assim. Um desÂnimo generalizado na hora de sair de casa e ter que utilizar o carro. Maldição! é muito triste... faltam alegrias para essa cidade sem graça, sem charme, sem cor, sem calma. será possível... por que ainda estou aqui???

13/04/2004

o dia de depois

amanheceu o dia escuro
mas já não é noite
o sol não saiu em protesto
acinzentou a vontade.
dormir até o olho dar nó

11/04/2004

abobrinhas pratenses

Parece que o Mario Prata tem uma questãozinha com os jornalistas "diplomados".... (com reticências), talvez a faculdade dele não tenha rolado por alguma razão desconhecida. Mas é lógico que ele não precisa de nada disso, afinal basta ler o Fernando Morais! pena dos idiotas que insistem quatro anos com a bunda sentada na cadeira para nem saber usar a crase, pena mesmo...................................... se bem que para alguma coisa deve servir. É a velha história do "no meu tempo era tudo muuuuuuuuuuuuito melhor". Claro!

10/04/2004

Sobre Mario Prata, repórteres e linotipos.

Sabe, o sujeito tem razão.

Mas no fundo, e vocês sabem disso, o tal "curso incompleto" ou a falta total dele, acaba incomodando, mesmo que negado o fato. Um amigo, que Deus o tenha sob suas grandes asas, certa vez comentou comigo que em tempos como secretário de Assuntos Fundiários, lá na Bahia, estarrecia-se com a agressividade dos tais "de curso incompleto" ou sem curso, a ponto de criar total incompatibilidade com os objetivos daquele órgão.

E, pior, era agüentar o constante discurso de um dos ministros de FHC, o pernambucano Raul Jungmann, que, na pasta da Reforma Agrária, bravejava contra os "entendidos formados" e seus "cursos de merda", humilhando os circunstantes. Isto, provavelmente, por apresentar no currículo um incompleto curso de psicologia, abandonado por desinteresse e o conseqüente arrependimento, já mais velho.

Quando, certa vez, meu amigo perguntou ao tal Raul J. a razão de suprimir seu sobrenome "Pinto", tão brasileiro, ficou uma "pistola" e, revoltado, disse: "É para mostrar para estes intelectualóides de bosta, com seus mil cursos, que minha mãe de origem alemã me ensinou mais que qualquer faculdade...". Vocal vazio, "data venia".

Lula, Mário Prata, José Saramago, Jacques Wagner e demais membros do batalhão dos sem-cursos são mais amenos em seu falar, porém, lá no fundo, às vezes transcende certa mágoa, quando até esse Mario Prata "goza" das estudantes que não conhecem o linotipo (aqui entre nós, nada de excepcional , já que a composição eletrônica tem mais de 20 anos) e do advogado moderno a não saber o que é "data venia".

Porém, os processos há 500 anos seguem em português mesmo e a boçal e latina "data venia = com a devida licença", perdeu seu significado. Usar o antiquado, o desatualizado, nem sempre é sinal de sabedoria.

A recomendação é sempre a mesma, matraqueada: termine o curso, termine qualquer curso. Faz bem ao ego.

Nós humanos estranhamente necessitamos nos medir pelo que sabemos; e dizemos. Como os cervos se medem pelos chifres, já que não estudam. Por isto não ouvimos o que diz Ronaldinho, pois nada diz: só joga bola.

E uma das medidas do saber, infelizmente, entre nós humanos, é o curso, com seu papelzinho. Por isto há tantos e tantos querendo freqüentar; até na raça, por cotas... É o nosso jeito de ser.



Thomas

O REPÓRTER E O LINOTIPO por Mário Prata


Quando faço palestras em faculdades de jornalismo, os estudantes me fazem a mesma pergunta: você acha importante o diploma para se exercer a profissão?
Não sei, porque nunca frequentei uma faculdade e não conheço os currículos. Mas sei que tem algumas matérias que eles não ensinam lá: português, reportagem e história universal da imprensa. Se ensinam, ensinam mal.
Os alunos saem de lá sem a mínima idéia da serventia da vírgula, por exemplo. Acham que tudo se resolve com reticências... E não se fazem mais repórteres como antigamente. Aquele que ficava até um mês na rua e chegava com um furo de reportagem. Sabe o que é furo menina? Hoje os furos são armados lá no andar de cima, entre os poderosos. Quando dizem que a Veja derrubou o Collor com a denúncia do outro Collor, o Pedro, não foi obra de nenhum repórter. Alguém procurou a Veja. Recentemente, a Época publicou o curta metragem entre o Waldomiro e o Cascata (perdão, Cachoeira). Não foi nenhum repórter quem conseguiu aquilo. Foi alguém da oposição quem levou de bandeja. Hoje o jornalista fica oito horas dentro da redação lendo press release. E dando uns telefonemas, mascando chicletes.
Um garotinho apresenta um assassino no rio e a imprensa engole. Um rapaz (consta que) matou seu pai e o jornalista fica sentado esperando que a polícia ache o assassino e dê uma coletiva. Ninguém sai da redação para procurar nada. O jornalismo de hoje é sedentário. Nem fumar na redação pode mais. Onde já se viu um repórter sem um cigarro na boca, deixando cair a cinza no teclado?
Outro dia duas garotas (último ano de jornalismo em São Paulo) me entrevistaram e eu falei em linotipo. Elas perguntaram o que era aquilo. Último ano de jornalismo e não saber o que fazia um linotipista é o mesmo que um formando de medicina desconhecer as mezinhas, ou um advogado se formar sem saber o que é data venia.
Estou escrevendo tudo isso, porque acabo de ler o livro Cem Quilos de Ouro (e outras histórias de um repórter), do Fernando Morais, lançado recentemente pela Companhia das Letras. Tenho a impressão que a simples leitura do livro vale por quatro anos de jornalismo universitário. O livro é uma aula de como fazer jornalismo, do que é um repórter e qual a sua função dentro de um jornal. Mais que uma aula, um curso, uma faculdde inteira.
Será que as faculdades de jornalismo já mandaram seus alunos lerem o Fernando?
Será que as faculdades pedem aos seus alunos que leiam antigas edições da revista O Cruzeiro, que chegava a tirar 700 mil exemplares nos anos 60? Aquilo é outra aula de reportagem. Uma revista investigativa. Será que eles ensinam quem foi Samuel Wainer e a revolução que ele fez na imprensa brasileira? Será que eles contam que o Rubem Braga foi para a 2a. Guerra Mundial - no front - fazer crônicas? Sim, crônicas
Será que alguém lá nas cátedras pode explicar que quiser não é com z?
Enfim, meus queridos alunos de jornalismo, leiam o livro do Fernando Morais. Vocês vão aprender muito mais do que colocaram na sua cabeça em quatro anos. Muito, muito mais.
E, por favor, senhores professores, cirem o Ferreira Gullar: a crase não foi feita para humilhar ninguém...
E, para terminar, o que é mesmo um linotipo? E o que é mesmo um repórter?

05/04/2004

lá vem

e os 21 estão chegando perto.......... hum,hum,hum e agora? e agora?

04/04/2004

dias feriados

como era bom
quando havia os dias para nada
para silêncio
para pausa

01/04/2004

continuação...

acordava sempre com medo do dia seguinte. medo de uma notícia terrível, irreparável. esquecia por algum tempo... mas repentinamente o pavor voltava. Se o telefone de repente tocasse, alguém poderia ter morrido. Mas o som alegre da voz do amigo a fazia relaxar e por mais algumas horas ela estaria calma. Imaginava, com insistência, o dia em que a notícia fatal viria. Desesperada, ela gritaria de dor e de raiva por tal desgraça ter acontecido. Sairia correndo feito louca pelas ruas, sem preocupar-se com os carros...

labuta...

quem poderá entender a pressão que obriga o homem a trabalhar....... para que? para que? tanto!!!!!! :(

tecnologias

estado de euforia com as possibilidades da tecnologia! viva, quem sabe será possível descobrir os meandros da edição de vídeo com um super programa de computador. resta ter que entende-lo e rezar para o micro (capenga) funcionar....

31/03/2004

Mundo movimento

rolam as cabeças
chega o calor do sol
dedos fazem melodia
com a canção das palavras
disseram que a Internet pode ser um bom começo para colocar o que se escreve à prova (dos outros). Espero que não seja tão difícil.....................

28/03/2004

i am in!!!

agora as noticias vao rolar!!

espero que nao so via esta fria tela!

os encontros sao indispensaveis.....
acoradava sempre com medo do dia seguinte. medo de uma notícia terrível, irreparável. esquecia por algum tempo... mas repentinamente o pavor voltava.
Não há um caminho, nem uma fórmula para saber ser mais feliz. Tudo pode dar certo ou nada, incertezas. Sempre e cada vez mais incertezas. A dúvida paira: será possível a felicidade? Há momentos de séria desconfiança...

26/03/2004

Recomendações: o livro "Laços de Sangue",Michael Cunningham. História violenta, no entanto bem escrita.

25/03/2004

Sobre os livros ressentidos
Livros são encantadores, no sentido real da palavra. De fato causam encanto. Comprar livros é uma compulsão maravilhosa, não fossem (logicamente) os preços. O universo das livrarias, ou qualquer lugar onde se vendam livros, traz uma aura diferente. O mesmo vale para Bibliotecas. Quando nos vemos cercados por aquelas estantes forradas das mais diversas obras há um sentimento imediato de querer conhecer todos aqueles escritos. E então nos sentimos pequenos, inclusive por uma questão física, e ignorantes. Impossível ler tudo aquilo, mil anos não bastariam. No entanto a angústia é passageira, pois o manuseio e o início da leitura de apenas um daqueles objetos já basta, por algumas horas, para uma dose grande deste encantamento. Logo nasce uma paixão, o livro torna-se parte de nós. Dorme ao nosso lado, compõe nossos sonhos, nos faz companhia nas mais enfadonhas horas de espera. Nada pode ser comparado a uma relação assim tão íntima. Ler é sempre solitário e proporciona, portanto, horas de rara proximidade com nós mesmos.
Temer a extinção dos livros impressos não pode fazer sentido se pensarmos no quanto estamos ligados emocionalmente a eles. A ternura das folhas de papel não pode ser substituída pela frieza brilhante de uma tela de computador. Nosso contato com as palavras escritas é físico e nosso prazer consiste em toca-las, senti-las, para então as amar. Impossível abandonar estes tesouros que há tanto nos acompanham, eles não nos perdoariam.

24/03/2004

viva! vamos construir essa paginica na medida do possível!
Agora vai! Fico contente com seu blogger.

Beijo,

Th.

23/03/2004

Espero muitas colaborações dos queridos que queiram participar dessa brincadeira bizarra. Acho que pode ser bacana.
alguns dias passam tão vazios.... a capacidade de cada um fazer as coisas nem sempre é aproveitada como poderia. MAs existem também bloqueios no nosso caminho. Como alguém que simplesmente esquece de algo combinado e acaba com todos os planos de um dia. Um dia apenas na vida de uma pessoa e tanto pode caber. tanto, tanto....
O livro "Vocal Vazio", de Hermógenes de Castro e Mello, será lançado em breve pela Editora Littera. O volume é um conjunto de frases fúteis e inúteis publicadas nos grandes jornais paulistanos. Polêmicas virão... O autor não é manso com sua crítica.
Terça-feira cinzenta e nebulosa. Nada agradável acordar em uma São Paulo como esta. MAs o dia ainda não está perdido, muitas possibilidades de realizações hoje. Rodízio dos veículos com placas de finais 3 e 4, se é que isso importa alguma coisa.
Filme "Passaporte Húngaro" para ser visto hoje, no Cinusp. E é de graça. Filmes do Polanski no Cinesesc e na Hebraica. Seria bom poder ir todos os dias ao cinema.
comidas e culturas. futuro possível projeto para um filme. queremo que fique muito bom, profissional. muitas entrevistas em mente, vamos correr atrás.

22/03/2004

as folhas do verão começam a se desfazer
lentamente, gotas de inverno surgem.
sentimos os calafrios da brisa cálida
o corpo entristece, fica recolhido e quieto.
pensamentos congelados.
Será que isso vai dar certo mesmo??
Uma carta para quem quiser ler.
Parece que a cada dia o mundo acorda mais triste. Diante de tanto horror. Atos de terror.
Desolamento.... quando não somos ouvidos, quando somos solenemente ignorados por alguém que não deveria agir dessa forma... escrever pode ser um bom refúgio para as angústias e decepções do dia.
Por que é tão difícl aprender alemão???
Hoje começa o novo dia de escritos. Una lettera!!
Começamos hoje esta primeira publicação. Una Lettera!! não sei de onde saiu este nome, mas ele me pareceu muito simpático. Publicação virtual, up to date!