08/11/2005
antes de dormir
é mais forte
ir até o último momento
antes de dormir
alguma doença talvez
que faça despertar ao anoitecer
o cansaço é tamanho,
que impede mesmo o sono
queria sonhar por uma semana noite a dentro
foto Henri Cartier-Bresson
apenas
just to let it go
he went and gave no thinking
he cried. and yet he tried.
and nothing was there. Still.
Silently he closed his eyes
not a glance
not at me
Just a thin light
don't know where
he went and gave no thinking
he cried. and yet he tried.
and nothing was there. Still.
Silently he closed his eyes
not a glance
not at me
Just a thin light
don't know where
30/10/2005
com dor
24/10/2005
ballet
08/10/2005
07/10/2005
01/09/2005
31/08/2005
10
para mim: 10 horas. 22, intermináveis horas.
prata, cinza. mumificado. congelado, cingido.
fingimento de consolação.
prata, cinza. mumificado. congelado, cingido.
fingimento de consolação.
29/08/2005
tarde
é tarde e meu útero dói bastante agora. (histeria?)
estranho sentir algo de dentro, algo que nunca se percebe e de repente torna-se um incômodo.
não sei para onde caminho quando acordo.
não sei para onde irá a vida, não sei.
pé ante pé, dou passos miúdos.
mas talvez,
"onde quer que o homem pise, ele pisa cem caminhos"
estranho sentir algo de dentro, algo que nunca se percebe e de repente torna-se um incômodo.
não sei para onde caminho quando acordo.
não sei para onde irá a vida, não sei.
pé ante pé, dou passos miúdos.
mas talvez,
"onde quer que o homem pise, ele pisa cem caminhos"
suspenso
Como se a vida não me pertencesse.
Não surgem palavras apropriadas
Falta de expressão, falta a expressão
de tantas impressões.
A vida não me pertence nesta hora.
Meu corpo não é meu,
minha vontade não sabe ser.
Meus olhos são insuficientes
para dizerem minha alma...
Mas me faltam as palavras.
E não há perguntas,
quando se sabe a dificuldade da resposta.
Mais fácil não falar: não se responde o que não se pergunta.
Não surgem palavras apropriadas
Falta de expressão, falta a expressão
de tantas impressões.
A vida não me pertence nesta hora.
Meu corpo não é meu,
minha vontade não sabe ser.
Meus olhos são insuficientes
para dizerem minha alma...
Mas me faltam as palavras.
E não há perguntas,
quando se sabe a dificuldade da resposta.
Mais fácil não falar: não se responde o que não se pergunta.
07/08/2005
the fool on the hill
Vê o sol se por.
Vê o tempo passar, sem ao menos se dar conta disso.
Vê a vida chegar, sem que ele a tenha desejado.
Sente o desejo lhe escorrer por entre os dedos, passarem pelos seus olhos.
Ao fundo, onde não podemos enxergar, a linha tênue do horizonte.
Tão difícil.
E talvez... Talvez tudo volte ao mesmo tempo. Podemos considerar, você poderia... poderia?
Voltar para mim, para casa. A casa que você não conhece, não conheceu. A casa que não foi. Sem portas e sem paredes,
sem chão, sem apoio. Não há onde tocar. Construída no vazio. Linhas para os leões.
Essa noite, eu quero falar. Eu preciso falar. Vou explodir.
Solidão, hoje sim. Tão só, tão só. E no meio de tanta gente.
Eu não sei falar o meu coração. E fico só... Eu e a melancolia. (disso estou certa)
Vê o tempo passar, sem ao menos se dar conta disso.
Vê a vida chegar, sem que ele a tenha desejado.
Sente o desejo lhe escorrer por entre os dedos, passarem pelos seus olhos.
Ao fundo, onde não podemos enxergar, a linha tênue do horizonte.
Tão difícil.
E talvez... Talvez tudo volte ao mesmo tempo. Podemos considerar, você poderia... poderia?
Voltar para mim, para casa. A casa que você não conhece, não conheceu. A casa que não foi. Sem portas e sem paredes,
sem chão, sem apoio. Não há onde tocar. Construída no vazio. Linhas para os leões.
Essa noite, eu quero falar. Eu preciso falar. Vou explodir.
Solidão, hoje sim. Tão só, tão só. E no meio de tanta gente.
Eu não sei falar o meu coração. E fico só... Eu e a melancolia. (disso estou certa)
tensao
Antes de começar uma fase que não será fácil. Para ninguém, acredito.
Antes de decidir importantes rumos para a vida, antes de dividir algo maior. Mais complexo, mais trabalhoso.
Antes de arcar com algumas consequências complicadas, vindas da novidade.
Novo em casa? Casa nova?
Vida que não é nossa, nem minha ainda. Vida à 6, à 7... à 2?
Antes de cair no olho do furacão dá vontade de chorar. E sair correndo, fugir correndo.
Vontade de escapar e não olhar de frente.
Antes de decidir importantes rumos para a vida, antes de dividir algo maior. Mais complexo, mais trabalhoso.
Antes de arcar com algumas consequências complicadas, vindas da novidade.
Novo em casa? Casa nova?
Vida que não é nossa, nem minha ainda. Vida à 6, à 7... à 2?
Antes de cair no olho do furacão dá vontade de chorar. E sair correndo, fugir correndo.
Vontade de escapar e não olhar de frente.
20/07/2005
rugas
rugas e rusgas
preocupações quando empacamos
ficamos presos, presas de nós mesmos
temperaturas menores, diminuem a dinâmica
e a vontade.
duro seguir adiante, quando o interesse... veja bem
vencer este empecílio terrível
agora ou nunca
tem de ser agora.
preocupações quando empacamos
ficamos presos, presas de nós mesmos
temperaturas menores, diminuem a dinâmica
e a vontade.
duro seguir adiante, quando o interesse... veja bem
vencer este empecílio terrível
agora ou nunca
tem de ser agora.
05/07/2005
Pablo Picasso - "Uma obra de arte"
"Uma obra de arte deve levar um homem a reagir, sentir sua força, começar a criar também, mesmo que só na imaginação.
Ele tem de ser agarrado pelo pescoço e sacudido; é preciso torná-lo consciente do mundo em que vive, e, para isso, primeiro ele precisa ser arrancado deste mundo."
Ele tem de ser agarrado pelo pescoço e sacudido; é preciso torná-lo consciente do mundo em que vive, e, para isso, primeiro ele precisa ser arrancado deste mundo."
J. L. Borges - "O escritor"
"O escritor vive.
Ninguém é escritor das oito ao meio-dia e das duas às seis.
Quem é poeta é poeta sempre, e se vê continuamente assaltado pela poesia.
Assim como o pintor é assediado pelas cores e pelas formas, assim como o músico se sente procurado pelo estranho mundo dos sons (o mundo mais estranho das artes), o escritor deve pensar que tudo é argila, com que fará da miserável circunstância de nossa vida alguma coisa que possa aspirar à eternidade."
Ninguém é escritor das oito ao meio-dia e das duas às seis.
Quem é poeta é poeta sempre, e se vê continuamente assaltado pela poesia.
Assim como o pintor é assediado pelas cores e pelas formas, assim como o músico se sente procurado pelo estranho mundo dos sons (o mundo mais estranho das artes), o escritor deve pensar que tudo é argila, com que fará da miserável circunstância de nossa vida alguma coisa que possa aspirar à eternidade."
16/06/2005
mundo pequeno
coisa mais maluca ouvir uma estação de rádio alemã em São Paulo...
O mundo encolheu mesmo...
O mundo encolheu mesmo...
08/06/2005
difuso sentir
Quando, por alguns instantes, tem-se pouca alegria de viver. Não que não se queira viver, absolutamente, mas que tenhamos menos vontade de...
Tão longe, milhares de quilômetros de distância... Mas distante de onde?
Quando é difícil achar um lugar para si no mundo.
"que todo grande amor só é bem grande se for triste" (Vinicius)
Em todos os sentidos de amar e querer bem. é sempre um pouco triste, sempre um pouco dor, um pouco morte...
Música enche nosso ser de sentimentos, mesmo que estes sejam tão confusos e difusos, incertos e instáveis. Um misto de melancolia, tristeza e euforia para escrever. Tarefa tão complexa e dura de ser cumprida, se quisermos fazer algo que preste (minimamente).
Tão longe, milhares de quilômetros de distância... Mas distante de onde?
Quando é difícil achar um lugar para si no mundo.
"que todo grande amor só é bem grande se for triste" (Vinicius)
Em todos os sentidos de amar e querer bem. é sempre um pouco triste, sempre um pouco dor, um pouco morte...
Música enche nosso ser de sentimentos, mesmo que estes sejam tão confusos e difusos, incertos e instáveis. Um misto de melancolia, tristeza e euforia para escrever. Tarefa tão complexa e dura de ser cumprida, se quisermos fazer algo que preste (minimamente).
restos
Pouco restou
das horas em branco
em claros panos,
planos caros.
Pouco restou,
palavras curtas,
jogadas na despedida.
um certo abandono
Pouco restou,
corpo estirado,
suor adormecido,
odor da noite.
das horas em branco
em claros panos,
planos caros.
Pouco restou,
palavras curtas,
jogadas na despedida.
um certo abandono
Pouco restou,
corpo estirado,
suor adormecido,
odor da noite.
30/05/2005
25/05/2005
Letras desconexas
Letras desconexas povoam meu quarto frio
A luz fraca mal ilumina
muito menos meus pensamentos
Perdidos, vagos, entristecidos
"it's love that makes me treat you the way I do... gee baby, ain't I good to you?"
Acho que fico muito feliz quando alguém lê essas coisas aqui.
A umidade nos pés não deve fazer muito bem, muito menos para a alma.
"speak low, when you speak love..." "love is a spark, lost in the dark, too soon, too soon..."
A luz fraca mal ilumina
muito menos meus pensamentos
Perdidos, vagos, entristecidos
"it's love that makes me treat you the way I do... gee baby, ain't I good to you?"
Acho que fico muito feliz quando alguém lê essas coisas aqui.
A umidade nos pés não deve fazer muito bem, muito menos para a alma.
"speak low, when you speak love..." "love is a spark, lost in the dark, too soon, too soon..."
e chove, e chove, e chove...
Para os dias de melancolia, nada melhor que Chet Baker e Billie Holiday nos ouvidos.
Mas a pergunta "tostines" é inevitável: ficamos melancólicos porque ouvimos música triste ou é a música triste que nos deixa melancólicos?
Adicione chuva e frio ao estado melancólico. E um filme deprê. Nada pode ser mais eficaz.
Hum, agora gostaria de ir a um bar que tocasse um jazz bem baixinho, onde beberíamos um vinho gostoso, naquele ambiente enevoado, e conversaríamos sobre as coisas da vida.
"but don't change your hair for me, not if you care for me. Stay little Valentine, stay... with you each day is Valentine's day"
Mas a pergunta "tostines" é inevitável: ficamos melancólicos porque ouvimos música triste ou é a música triste que nos deixa melancólicos?
Adicione chuva e frio ao estado melancólico. E um filme deprê. Nada pode ser mais eficaz.
Hum, agora gostaria de ir a um bar que tocasse um jazz bem baixinho, onde beberíamos um vinho gostoso, naquele ambiente enevoado, e conversaríamos sobre as coisas da vida.
"but don't change your hair for me, not if you care for me. Stay little Valentine, stay... with you each day is Valentine's day"
14/04/2005
se dois, se juntos?
neste dia 14. A alma está apertada, os ombros caídos e o pescoço curvo.
Mais curva estou, à cada dia
Entrevada, com um osso saltado na coluna. Uma postura ruim. Torta.
Na rede, a ver o mar. Em preto e branco (retrato em branco e preto).
Nem alongar nem flexionar. Músculos imprestáveis, recobertos de camadas horrorosas de gordura.
..... Ce soir, je ne suis pas heureuse. Et pas jolie encore..........
Fracassos. Seguidos, repetidos. Sensação impotente. Sem desejo, nada existe. Se não desejamos, se não nos desejam já não somos. Eu não sou.
Não vou, que eu não sou ninguem de ir.... a tristeza de um amor (eine traurige Liebe)
Mas que bela e grande merda! Viva!
Mais curva estou, à cada dia
Entrevada, com um osso saltado na coluna. Uma postura ruim. Torta.
Na rede, a ver o mar. Em preto e branco (retrato em branco e preto).
Nem alongar nem flexionar. Músculos imprestáveis, recobertos de camadas horrorosas de gordura.
..... Ce soir, je ne suis pas heureuse. Et pas jolie encore..........
Fracassos. Seguidos, repetidos. Sensação impotente. Sem desejo, nada existe. Se não desejamos, se não nos desejam já não somos. Eu não sou.
Não vou, que eu não sou ninguem de ir.... a tristeza de um amor (eine traurige Liebe)
Mas que bela e grande merda! Viva!
Vinicius de Moraes
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
07/04/2005
04/04/2005
22 se aproximam
Já estamos em 4 de abril. Mais 8 dias, e ficarei 1 ano mais velha. Ave, 22... Nem imaginava o que seria de mim em 2005, aos 22 anos. Nada muito fácil de compreender. De aniversário, eu gostaria de encontrar algum caminho (rumo a algo mais específico).
Livres para sermos o que quisermos
Livre, no sentido de nao ter de dar satisfaçoes a ninguem de sua vida, de seu futuro, de seus planos ou não planos.
Liberdade para dizermos: não faço a menor idéia do que farei da minha vida no futuro. Nao sei onde estarei no fim do ano, nao sei o que farei no final do mês, nem mesmo sei o que farei amanhã, e para mim isso basta!
Liberdade para dizermos: não faço a menor idéia do que farei da minha vida no futuro. Nao sei onde estarei no fim do ano, nao sei o que farei no final do mês, nem mesmo sei o que farei amanhã, e para mim isso basta!
29/03/2005
necessidade
A necessidade iminente de um abraço é tamanha, por vezes, que faz doer o estômago.
Estamos pequeninos, caramujos: úmidos e mofados dentro da solidão. Aquela terrível casca que nos oprime e reprime.
Uma sensação gelada. Tremor dolorido. É preciso um colo. E braços ao nosso redor.
Se a mão vem e nos acaricia os cabelos, cerramos os olhos num torpor de felicidade que só o contato humano permite.
Estamos pequeninos, caramujos: úmidos e mofados dentro da solidão. Aquela terrível casca que nos oprime e reprime.
Uma sensação gelada. Tremor dolorido. É preciso um colo. E braços ao nosso redor.
Se a mão vem e nos acaricia os cabelos, cerramos os olhos num torpor de felicidade que só o contato humano permite.
alegria de existir?
Existe assim.
Passa pequenina pela vida,
de poucos passos,
poucas palavras.
Passa de mansinho e
com o olhar ligeiro
arruma cúmplices para si.
Risos e um piscar,
por um colo acolhedor.
Passa pequenina pela vida,
de poucos passos,
poucas palavras.
Passa de mansinho e
com o olhar ligeiro
arruma cúmplices para si.
Risos e um piscar,
por um colo acolhedor.
Do livro do Desassossego
Pessoa:
"O coração, se pudesse pensar, pararia."
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."
"O coração, se pudesse pensar, pararia."
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."
27/03/2005
night and day
o almoço se inicia às 13 horas. São 18:17. Muitos ainda estão por aqui. Não é apenas a comida que reúne. E sim a casa que acolhe, que chama, que compartilha. Bocas sedentas chegam e se saciam rapidamente. Acalmados os nervos, vem o estado de dormência. E o álcool embala as conversas desencontradaa. Todos precisam falar de si mesmos, e encontram pequenas (ou maiores) brechas nessas ocasiões em que se tem um grande público, que não costuma incomodar-se em ouvir. De repente, já é noite.
almoço
mais uma vez estou com os pés gelados.
e a melancolia de Chet Baker me acompanha nessa tarde cinza e triste de domingo de páscoa. Gostaria de estar mais feliz hoje, mas não estou.
Se ao menos eu soubesse como fazer para não ficar tão dividida. Creio que seja esta a parte mais árdua.
Em muitos momentos, fico com o saco muito cheio.
e a melancolia de Chet Baker me acompanha nessa tarde cinza e triste de domingo de páscoa. Gostaria de estar mais feliz hoje, mas não estou.
Se ao menos eu soubesse como fazer para não ficar tão dividida. Creio que seja esta a parte mais árdua.
Em muitos momentos, fico com o saco muito cheio.
14/03/2005
na cidade, mais uma vez
agora, vou tentar de novo...
de volta à cinzenta e calorenta São Paulo. Depois de um tempo distante, senti tanta falta de tudo isso aqui. Mas agora que voltei, estou como o cego no tiroteio. A vida chegou, é preciso encará-la. (?) Mas como se encara a vida? Aos quase 22 anos de idade... Ainda é muito recente. Muito recente a vida.
Acabei o ano passado esborrachada no final da ladeira abaixo. Foram tantas coisas de uma vez só. Eu não quero isso de novo. Não agora. Mas fica aquela maldita culpa cristã, as responsabilidades! Vamos rapidamente ganhar um monte de dinheiro para ficarmos com a vida bem tranquila daqui para frente... Mas eu só queria estudar, agora, e não me sentir mal por isso.
de volta à cinzenta e calorenta São Paulo. Depois de um tempo distante, senti tanta falta de tudo isso aqui. Mas agora que voltei, estou como o cego no tiroteio. A vida chegou, é preciso encará-la. (?) Mas como se encara a vida? Aos quase 22 anos de idade... Ainda é muito recente. Muito recente a vida.
Acabei o ano passado esborrachada no final da ladeira abaixo. Foram tantas coisas de uma vez só. Eu não quero isso de novo. Não agora. Mas fica aquela maldita culpa cristã, as responsabilidades! Vamos rapidamente ganhar um monte de dinheiro para ficarmos com a vida bem tranquila daqui para frente... Mas eu só queria estudar, agora, e não me sentir mal por isso.
vou tentar pela terceira vez
bosta de computador, essa vai ser minha terceira tentativa de escrever.
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